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Aconteceu a Entrevista no Band Mulher 18/03/2021



Hoje, às 13:30, fui entrevistada por Pâmela Luciolla, apresentadora do programa Band Mulher, na Band Bahia, e contei um pouco sobre os alguns dos nossos tratamentos inovadores recentes: a fototerapia para o tratamento da candidíase de repetição e a radiofrequência nas incontinências urinárias. 

Comecei a estudar a radiofrequência em 2011, para tratar disfunções estéticas da genitália feminina. Começamos com um estudo piloto, seguimos para o ensaio clínico randomizado e os resultados são realmente fantásticos, possibilitando a realização de um tratamento sem efeito colateral, sem necessidade de medicação, que só estimula o corpo a trabalhar por ele mesmo.

A partir desse aprofundamento, fiquei com o desejo de estudar a radiofrequência não ablativa nas disfunções não estéticas do assoalho pélvico. Comecei com a incontinência urinária feminina aplicando a radiofrequência em meato uretral, depois passamos a testar o seu uso na incontinência fecal (de flatus e de fezes) com a aplicação em borda anal. Os estudos foram mostrando que a técnica era segura e eficaz (nos casos que têm real indicação), então fui ficando curiosa em relação a outras questões. Começamos a testar na Doença de Peyronie e na disfunção erétil. Com o eletrodo intracavitário, passamos a estudar também o efeito na incontinência urinária masculina pós-prostatectomia e nos prolapsos de órgãos pélvicos nas mulheres. Com a descrição de uma efeito colateral positivo pelas mulheres que estavam sendo tratadas com a radiofrequência intravaginal, passamos a tratar também mulheres com queixa de baixa lubrificação vaginal, assim como mulheres com dor na atividade sexual. Claro que para tratar disfunções tão diferentes, protocolos diferentes de tratamentos são necessários e, especialmente, uma adequada anamnese e avaliação física. As razões que levam uma mulher a ter uma incontinência urinária de esforço, por exemplo, são diversas e a radiofrequência não ablativa pode melhorar algumas destas razões, mas não todas. Por isso afirmo que o tratamento adequado começa em uma boa avaliação.

Já em 2016, comecei a estudar, graças a duas alunas de mestrado, Mariana Robatto e Maria Clara Pavie, a fototerapia, mais especificamente o LED no espectro da cor azul. Com ele, começamos estudos em mulheres saudáveis, para testar a sua segurança terapêutica na região genital feminina, com cabeçote extracavitário. Avançamos para o estudo de caso em uma paciente com candidíase de repetição e, a partir da confirmação da segurança e do efeito positivo, caminhamos para o ensaio clínico randomizado. Mas como ainda não estávamos satisfeitas com a profundidade da ação do LED - com o cabeçote extracavitário - e com o longo tempo de cada sessão, investimos no desenvolvimento de um dispositivo que fosse intracavitário, para que a emissão da luz pudesse acontecer de maneira uniforme tanto em genitália externa quanto em canal vaginal. Esse desenvolvimento foi realizado com a empresa DGM e no ano passado (2020), durante a pandemia, lançamos no mercado para que outros profissionais também pudessem oferecer esse tratamento para pacientes distribuídas pelo nosso enorme Brasil. Essa necessidade foi mais forte com a pandemia, já que antes recebíamos pacientes de todas as regiões do país para se tratarem conosco em Salvador.

Então, nesta breve entrevista (que acontece mais ou menos a partir do minuto 21:30), saibam que essa é parte da história que fica como pano de fundo. Como pesquisadora, estou sempre pautada nas melhores práticas, fazendo os estudos desde o início, testando primeiro sua segurança e resposta terapêutica do recurso inovador estudado para então passar para ensaios clínicos randomizados. Como fisioterapeuta, utilizo o máximo que posso a fisioterapia baseada em evidência. E o que ainda não tem evidência e que vejo resultado na prática, volto ao papel de pesquisadora para avaliar se de fato é uma abordagem adequada. E o que acho melhor de tudo, é poder partilhar, enquanto professora, as minhas inquietações e o meu conhecimento com outros profissionais e poder aprender ainda mais com o conhecimento e com as inquietações deles.

*Quem quiser assistir à entrevista na íntegra, pode clicar neste link: https://youtu.be/CGWOj4ivjmc ou ir na página de vídeos aqui do site.


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